Já trilhei por esse caminho de testar materiais alternativos, vou te passar o que aprendi.
- Experimentei serragem tratada (lavada e fervida), mas não deu muito certo (só seedlings de Byblis se adaptaram; as Drosera spp. e Utricularia arenaria não gostaram mesmo, até germinam, mas não vão pra frente).
- Replantei em substrato com musgo de parede (lavado e fervido) compondo metade da mistura, porque era o que eu tinha disponível. A U. arenaria adorou, virou uma florestinha e já está até com hastes florais (que as tempestades de ontem e anteontem quase derrubaram). As Dosera spp. melhoraram um pouco, mas ainda não estão gostando (elas tb odeiam ser transplantadas, então é 1000x melhor semear direto no vasinho definitivo).
- A minha antiga sementeira experimental (caixinha de Ferreiro Rocher, que fica sempre fechada) tem + ou - 2 cm de substrato preparado (areia, carvão e serragem), coberto com 0,5 a 1 cm de musgo de parede (lavado e fervido). A germinação ali sempre foi muito boa, as sementinhas adoram uma caminha fofinha (quero ver transformar isso em linguagem científica
). Tenho ali várias Drosera spatulata bem mais bonitas que as irmãs (trans)plantadas em vasos abertos, embora não passem de 2 cm de diâmetro (provavelmente por causa do espaço restrito). Por ser um musgo fininho tende a desenvolver algas e fungos com facilidade.
Minhas conclusões: o musgo ainda é fundamental para o sucesso no cultivo, e se a camada superficial for de musgo puro a germinação e o desenvolvimento são melhores; Semear em vaso definitivo é o recomendável, porque as carnívoras sentem muito o trauma do transplante. Não plante todas as sementes de uma vez, a taxa de germinação é alta e conforme os meses vão passando, os seedlings vão aparecendo. Achar um substituto para o Sphagnum ainda é um grande desafio, quero testar outros substitutos como palha de arroz carbonizada e até Salvinia sp., mas ainda não tenho acesso a esses materiais.
Boa sorte aí.