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 Drosera latifolia 
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Mensagem Drosera latifolia
Drosera latifolia

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Planta em Cultivo (Rohrbacher, 2011).

Nome popular: "Orvalhinha" (2)
Ocorrência: Endêmica do Brasil
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Droseraceae
Gênero: Drosera
Espécie: Drosera latifolia St.Hil.
variações - Essa espécie tem quatro morfotipos: Tipo, Serra do Mar, Espinhaço e Salesópolis (1). Uma população que não consta oficialmente entre esses morfotipos cresce nos arredores de Teresópolis-RJ e poderia receber maior atenção.

A Drosera latifolia é uma planta herbácea perene que cresce como uma roseta sem caule, apresentando folhas oblongo-lanceoladas, semi-eretas com cor variando entre verde e vermelho-vinho. As raízes são pretas, as flores cor-de-rosa claro e as sementes pretas e fusiformes. Na superfície das folhas existem tricomas com mucilagem, os quais atraem e prendem as presas de forma semi-ativa. Após reter sua pequena vítima, grudada na mucilagem, os demais tricomas dobram-se na direção da presa e as folhas dobram-se sobre ela, digerindo-a com enzimas produzidas pela planta. Em 2017 foram identificadas 34 espécies de droseras no Brasil (3).
Pertencente ao "Complexo Drosera villosa" que compreende seis espécies (D. ascendens, D. chimaera, D. graomogolensis, D. riparia, D. latifolia e D. villosa), ela já foi chamada Drosera villosa, depois Drosera ascendens e, finalmente recebeu seu nome Drosera latifolia (Drosera villosa var. latifolia - Eichler, 1872) pois os nomes anteriores eram de outras duas espécies brasileiras, também fascinantes, descobertas pelo francês Auguste de Saint-Hilaire no início do Século IX (1826) e redescobertas recentemente em estudos de campo e em herbários por Gonella e cols. (1).
É a espécie do "Complexo Drosera villosa" que ocupa maior área de ocorrência, vegetando nos topos de montanhas e campos rupestres e campos de altitude, as margens de pequenos riachos e bordas de trilhas são os preferidos por essa espécie que se distribui nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil, com registros nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No habitat onde vivem também ocorrem outras espécies de plantas carnívoras (D. spiralis, D. viridis, D. montana, D. communis, D. grantsaui, , D. tentaculata, D. tomentosa var. glabrata, D. tomentosa var. tomentosa, Genliseas e Utricularias).

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Planta em Cultivo (Rohrbacher, 2011).

Ficha de cultivo:

Clima: Essa espécie tem ampla distribuição ao longo do país, vivendo entre extremos de 40 graus Celsius e períodos bem secos em Diamantina-MG e temperatura muito baixa em lugares como Campos do Jordão-SP (-8 graus Celsius) e Garuva-SC (-6 graus Celsius). Tenho mantido em uma casa de plantas onde a temperatura varia entre 16 a -4 graus Celsius no inverno e 35 a 10 graus Celsius no verão. O local é uma borda da Serra do Mar em Santa Catarina, a 830m de altitude. A umidade do ar varia entre 70 e 80%, aproximadamente.

Vasos: Utilizo vasos plásticos quadrados com cerca de 7,5 cm de altura e cerca de 4 cm de largura, aumento os furos para melhorar a drenagem. Uma a quatro plantas por vaso.

Substrato: Cultivei essas plantas com diferentes componentes no substrato, mostrou-se melhor o substrato composto por Sphagnum a 40%, Perlita a 30%, Areia de Quartzo a 20% e Argila Espandida a 10% (4:3:2:1), é leve, decompõe devagar e dá espaço suficiente às raízes sem empapar.

Hidratação: Mantidas em bandejas com água a cerca de 1/3 da altura do substrato. A água é coletada da chuva, com KH zero e pH 6.3 (água mole e ácida). Ficam protegidas da chuva para que o substrato não seja revolvido.

Iluminação: Apreciam luminosidade direta ao longo de oito a dez horas por dia, com movimentação de ar. Também são cultivadas em terrários com uso de lâmpadas fluorecentes ou LED.

Propagação: Por sementes, com plantio em sphagnum úmido. Também pode ser feito o leaf cutting.

Alimentação: Ela obtêm nutrição do substrato, via fotossíntese e das eventuais presas que capture. Pode ser alimentada com fragmentos de blood worms, ração para peixes carnívoros ou pequenos insetos, mas isso não é necessário.

Nível de dificuldade no cultivo: Depende das condições de cultivo, sob condições ideais pode ser considerado nível médio, contudo considero que as plantas tipo, com folhas largas, verdes e com logos tricomas são muito difíceis de manter.

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Planta em Cultivo (Rohrbacher, 2017).

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Planta em Cultivo (Rohrbacher, 2014).

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Plantas no habitat, em Diamantina-MG (Rohrbacher, 2015).

Conhecimento revisado:

1 - Gonella, P.; Rivadavia, F.; Sano, P. T. e Fleischmann, A. Exhuming Saint-Hilaire: revision of the Drosera villosa complex (Droseraceae) supports 200 year-old neglected species concepts. Magnolia Press: Phytotaxa 156 (1): 1-40 (2014).
2 - http://www.ladin.usp.br/carnivoras/Port ... osera.html
3 - Gonella, P. Sistemática de Drosera sect. Drosera s.s. (Droseraceae). 159 pg. Tese (Doutorado) – Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Departamento de Botânica.
4 - viewtopic.php?f=29&t=83255

_________________
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06.02.2018(Ter)22:07
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